12 de junho de 2009

Saudades...


Tenho saudades...
Este sentimento tão inominado, onde a unica tradução possivel é o sentir... a emoção...

Tenho saudades...
Não uma saudade comum..


Tenho saudades é de frases ditas...
Palavras ouvidas...
Pensamentos que voaram no vendo...

Tenho saudades
Dos cheiros...
Dos olhares...
De momentos...

Tenho saudades...
Dos segredos...
Dos risos sem explicação...
Das lagrimas de emoção...

Tenho saudades...
De instantes unicos...
Momentos eternos que ficaram na memoria...

Tenho saudades...
De uma voz inaudivel...
Da inocencia que não possuo mais...
Dos sonhos que se perderam no caminho...

Tenho saudades...
Da inocencia que já não existe...
Saudades de um pedaço de mim que já não existe mais...

Saudades...
Apenas... saudades...

21 de maio de 2009

Tempos Passados




É fácil trocar as palavras...
Difícil é interpretar os silêncios!

É fácil caminhar lado a lado...
Difícil é saber como se encontrar!

É fácil beijar o rosto...
Difícil é chegar ao coração!

É fácil apertar as mãos...
Difícil é reter o calor!

É fácil sentir o amor...
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?

A alma de outrem é outro universo...
Com que não há comunicação possível...
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma...
Senão da nossa;

As dos outros são olhares...
São gestos, são palavras...
Com a suposição...
De qualquer semelhança no fundo."

Fernando Pessoa



Ainda me lembro da primeira vez que li este poema...
Numa daquelas mensagens por e-mail de power point...
De uma pessoa tão especial...
Tão unica...


Que foi capaz de provocar rebuliços na minha vida...
Rebuliços até então desconhecidos...
Que me fizeram ver...
Várias das minhas limitações...
Várias das minhas facetas...


Por tanto tempo você esteve dentro de mim... que eu já não sabia mais quem eu era...
Mas o que nos vai a alma...
É algo único...


Ainda bem que você entrou...
Melhor ainda que tenha ido embora...

10 de março de 2009

Eu sei... mas não devia


Um texto lindo da Marina Colasanti, que nos faz refletir...

beijos a todos



Eu sei, mas não devia


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.

E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz,
aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.

E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e a ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.

As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.

Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.

Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se
da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta,
de tanto acostumar, se perde de si mesma.


E como nos perdemos...
quantas vezes perdemos nossa essencia...
nosso querer...
nosso saber...
O quanto deixamos muitas vezes de apenas sentir...

3 de março de 2009

Um pouco mais de... MULHERES


MULHERES



Elas sorriem quando querem gritar.


Elas cantam quando querem chorar.


Elas choram quando estão felizes.


E riem quando estão nervosas.


Elas brigam por aquilo que acreditam.


Elas levantam-se para injustiça.


Elas não levam "não" como resposta quando


acreditam que existe melhor solução.


Elas andam sem novos sapatos para


suas crianças poder tê-los.


Elas vão ao médico com uma amiga assustada.


Elas amam incondicionalmente.


Elas choram quando suas crianças adoecem


e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.


Elas ficam contentes quando ouvem sobre


um aniversario ou um novo casamento.

Pablo Neruda

2 de março de 2009

Mulheres




Nesta semana que comemora-se o dia internacional da Mulher, peço licença ao Autor desconhecido, mas que soube como pouco traduzir a alma feminina...



MULHER


Ser mulher... 

É viver mil vezes em apenas uma vida.
É lutar por causas perdidas e
sempre sair vencedora.
É estar antes do ontem e depois do amanhã.
É desconhecer a palavra recompensa
apesar dos seus atos.
Ser mulher...
É caminhar na dúvida cheia de certezas.
É correr atrás das nuvens num dia de sol.
É alcançar o sol num dia de chuva.
Ser mulher...
É chorar de alegria e muitas vezes
sorrir com tristeza.
É acreditar quando ninguém mais acredita.
É cancelar sonhos em prol de terceiros.
É esperar quando ninguém mais espera.
Ser mulher...
É identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa.
É ser enganada, e sempre dar mais uma chance.
É cair no fundo do poço, e emergir sem ajuda.
Ser mulher...
É estar em mil lugares de uma só vez.
É fazer mil papeis ao mesmo tempo.
É ser forte e fingir que é frágil...
Pra ter um carinho.
Ser mulher...
É se perder em palavras e
depois perceber que se encontrou nelas.
É distribuir emoções
que nem sempre são captadas.
Ser mulher...
É comprar, emprestar, alugar,
vender sentimentos, mas jamais dever.
É construir castelos na areia,
ve-los desmoronados pelas águas.
E ainda assim amá-los.
Ser mulher...
É saber dar o perdão...
É tentar recuperar o irrecuperável.
É entender o que ninguém mais conseguiu desvendar.
Ser mulher...
É estender a mão a quem ainda não pediu.
É doar o que ainda não foi solicitado.
Ser mulher...
É não ter vergonha de chorar por amor.
É saber a hora certa do fim.
É esperar sempre por um recomeço.
Ser mulher...
É ter a arrogância de viver
apesar dos dissabores,
das desilusões, das traições e
das decepções.
Ser mulher...
É ser mãe dos seus filhos...
Dos filhos de outros.
É amá-los igualmente.
Ser mulher...
É ter confiança no amanhã e
aceitação pelo ontem.
É desbravar caminhos difíceis
em instantes inoportunos.
E fincar a bandeira da conquista.
Ser mulher...
É entender as fases da lua
por ter suas próprias fases.

Selo

Ganhei este maravilhoso selo, de presente a semana internacional da MULHER...

Amiga querida...
Meu muito obrigada e perdoe-me a ausencia...

Meme

Recebi o Meme Premio Literatura e Arte da amiga Nanda e da Diva

Duas mulheres que admiro muito por sua coragem, desenvoltura e principalmente por nao terem medo de ousar...



As regras do Prêmio são:

* Escrever uma lista com 8 características suas (personalidade)

* Convidar 8 parceiros(as) de blogs amigos para responder....

* Comentar no blog de quem nos convidou...

* Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da premiação...

* Mencionar as regras...

Minhas características
  1. Determinada
  2. Sentimental
  3. Pensativa até demais...
  4. Honesta 
  5. Transparente
  6. Chata com o que acho correto
  7. Amorosa
  8. Apaixonante

Como ando meio afastada da net, por motivos alheios a minha vontade, deixo o premio a vontade para quem quiser pegá-lo.

beijo no coração de todos e perdoem-me a ausencia...